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Negociação 'galática' de Éder Militão foi vantajosa para o São Paulo?

Nesta última quarta-feira, foi confirmada a negociação de Éder Militão com o Real Madrid. Conforme valores divulgado, a transferência gira em torno de $50 milhões de euros, e o São Paulo ficará com, aproximadamente, $6,2 milhões de euros (R$26 milhões na cotação atual), o que corresponde ao percentual de clube formador, além dos 10% dos direitos econômicos do atleta, fruto da negociação feita com o Porto, na metade do ano de 2018.

Diversos questionamentos surgiram à respeito da forma como o clube paulista conduziu a negociação do atleta. Vendeu barato? Ficou com um percentual baixo? Por que não renovou com o atleta e vendeu diretamente ao Real Madrid, meses depois?

                                                                                   Foto:Djalma Vassão

Primeiramente, deve-se levar em conta que o contrato de Éder Militão com o São Paulo estava prestes a terminar e que as partes não conseguiam chegar a um acordo de renovação que satisfizesse a todos. O desejo do atleta em atuar na Europa também era considerado um empecilho que inviabilizava a negociação. Dessa forma, com a eminente possibilidade de assinatura de um pré-contrato, no qual Militão sairia de graça do Morumbi, a negociação pela sua saída era questão de tempo. 

Muito se falou do valor "galático" da negociação e do quanto o Porto lucrou com o atleta, algo em torno de R$173 milhões em apenas 7 meses,  montante que poderia ter ido para os cofres do Morumbi. Além de toda a questão apresentada anteriormente quanto ao vencimento do contrato, deve-se levar em consideração também, o fato de que dificilmente o Real Madrid, ou qualquer outro clube europeu, desembolsaria tal quantia na compra de um atleta que estivesse atuando no Brasil, ainda mais no caso de um defensor. Isso se deve ao fato dos clubes europeus não saberem como será a adaptação do atleta sul-americano ao estilo de jogo e à vida no velho continente. A rápida adaptação no clube português e o desempenho excepcional do atleta, reduziram drasticamente o risco para o clube merengue, fator que influencia, e muito, no apetite financeiro da negociação.

Considerando todo esse contexto, entendemos que a negociação foi bem conduzida pela diretoria do clube. Somando as duas negociações do atleta, o Tricolor ficará com um montante de R$43 milhões.


Dentre os grandes, és o primeiro!

Filipe Cunha - Finanças Tricolor