Dentre as receitas de um clube de futebol, a fidelização de seu torcedor é uma das mais importantes quanto à gestão administrativa de sua diretoria. Essa fonte de receita representa o grau de comprometimento e empenho da diretoria para com seu "cliente", o torcedor. O São Paulo foi um dos pioneiros na implantação de programa sócio torcedor no Brasil, entretanto, a gestão do programa, por parte de sua diretoria nos últimos anos, tem deixado a desejar.
Sem apresentar vantagens e atratividade ao torcedor tricolor, os números apresentados no balanço de 2018, divulgados no final do mês de abril, ratificam o trabalho executado. O clube apresentou, pelo segundo ano consecutivo, conforme gráfico abaixo elaborado pelo Finanças, queda no faturamento da receita com sócio torcedor. Em 2018, a queda foi de 22%, quando comparado ao mesmo período de 2017. Foram arrecadados R$8,6 milhões, R$2,5 milhões a menos que no ano anterior.
O clube não informa em suas demonstrações financeiras de 2018, maiores detalhes quanto ao quantitativo atualizado de sócios ativos, para que possamos calcular o valor médio pago pelo sócio do clube.
Somente para efeito de comparação, o Palmeiras arrecadou em 2018 com o seu programa de sócio torcedor, R$47,8 milhões, 5 vezes mais que o São Paulo. Claro que os aportes da atual patrocinadora do clube e as recentes conquistas do arqui-rival influenciam na comparação dos valores obtidos pelas duas equipes, mas não podemos deixar de citar a má gestão do programa aliado à falta de resultados obtidos pelo clube do Morumbi.
Dentre os grandes, és o primeiro!
Filipe Cunha - Finanças Tricolor