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Priorizar ou não priorizar alguma competição? Uma análise financeira da questão!

   O técnico Rogério Ceni, que foi tão elogiado pelo rodízio executado ao longo de todo o ano, se vê às voltas de uma decisão difícil: priorizar ou não priorizar alguma competição?

    As recentes derrotas da equipe no campeonato brasileiro colocaram um ponto de interrogação na cabeça do treinador e, por que não, na dos torcedores também. Mesclar o time na Copa do Brasil e correr o risco de mais uma eliminação vexatória para o rival em 2022, para ter força máxima nas próximas rodadas da competição que proporciona o maior número de vagas para a Libertadores ou colocar todas as suas cartas na competição que o clube nunca venceu e comprometer o desempenho no Brasileirão?

    O fato de apostar todas as fichas na Copa do Brasil nunca foi garantia de sucesso para o clube do Morumbi. Entretanto, descartar a competição que paga a maior premiação nacional não é uma opção que pode ser descartada facilmente. Ainda mais para o São Paulo, que vem apresentando dificuldades financeiras nos últimos anos. Portanto, aproveitando o tema, iremos fazer uma análise financeira das competições, para tentar elucidar essa questão tão complexa.



    Primeiramente, entendemos que o fato de priorizar uma competição não é garantia de sucesso. Se fosse assim, a decisão seria muito óbvia e fácil: Copa do Brasil. Além de garantir para o campeão R$60 milhões (além das demais premiações pelo avanço das demais fases, o que garantiria um total de R$ 80 milhões), seria a conquista de um título inédito para o clube e, de quebra, uma vaga para a libertadores.

    O São Paulo, se não prioriza a Copa do Brasil, tem jogado de forma séria e com seu elenco completo, desde que começou a participar da competição no início dos anos 90. Porém, o máximo que conseguiu foi fazer uma final em 2000, contra o Cruzeiro. Entendemos quando Ceni fala da aleatoriedade da competição, onde um erro em uma partida, pode ser fatal.

   Diferentemente, o Brasileirão, único torneio de pontos corridos, premia a regularidade e já tem “contratada” 38 rodadas, na qual o clube pode desempenhar de forma mais consistente, e possibilita pequenos erros sem comprometer o trabalho. Considerando que o clube almeje a vaga na libertadores, a 6ª colocação garantiria ao clube uma premiação de R$24,7 milhões. Para efeito de comparação, o São Paulo precisaria chegar na semi-final da competição (fato este que ocorreu somente 5 vezes em toda sua história), para garantir uma premiação próxima desse valor (R$19,5 milhões).

    Entendemos que a priorização do campeonato de pontos corridos seria o correto a se fazer, pensando na vaga da libertadores, pois entendemos ser mais fácil ficar entre os 6 (ou até, eventualmente, entre os 8, dependendo das vagas abertas) do que ganhar a Copa do Brasil. Porém, financeiramente, como a variação da premiação entre o 1º e o 10º colocado do Brasileiro é relativamente pequena (R$14 milhões), o clube poderia arriscar mais na Copa do Brasil pensando em obter uma arrecadação de premiação maior no ano de 2022.

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Dentre os grandes, és o primeiro!

Filipe Cunha - Finanças Tricolor
     

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