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Elenco de aposentados ainda tem milhões a receber do São Paulo

 

“O São Paulo já está na pedra:" Bosco; Joílson, Alex Silva, Edcarlos, Juan; Richarlyson, Carlinhos Paraíba, Arouca e Lenílson; Tardelli e Borges. No Banco: Xandão, Roger Carvalho, Renato Silva, Junior César, Zé Luis, Hugo, Eder Luis, entre outros. 

Esse time nunca esteve em campo, mas todos os jogadores acima estão juntos na Nota Explicativa nº 18 do Balanço de 2021 (Acordos Trabalhistas e Cíveis). São todos jogadores que saíram do SPFC há mais de 10 anos, mas que em 31/12/2021 ainda possuíam, somados, mais de R$ 17 milhões a receber do Tricolor.


Em parênteses, podemos ver o período em que tais atletas jogaram no São Paulo: Bosco (2005-2011), Joílson (2008-2009), Alex Silva (2006-2008 e 2010-2011), Edcarlos (2003-2007), Juan (2011-2013), Richarlyson (2005-2010), Carlinhos Paraíba (2010-2012), Arouca (2009-2010), Lenílson (2006-2007), Tardelli (2003-2007), Borges (2007-2009), Xandão (2010-2011), Roger Carvalho (2013), Renato Silva (2009-2010), Junior César (2009-2011), Zé Luis (2007-2008), Hugo (2007-2009) e Eder Luis (2008).

Fora eles, outros atletas também possuíam valores expressivos a receber do clube, como por exemplo Daniel Alves (R$ 22,8 milhões), Jucilei (R$ 4,7 milhões), Hernanes (R$ 2,9 milhões) e Everton Felipe (R$ 1,3 milhão), além de acordo com saldo de mais de R$ 10 milhões com pessoa jurídica vinculada à contratação do Ricardinho. No total, somados débitos com CET, escritórios de advocacia e outros credores, o São Paulo registrou R$ 99,5 milhões de obrigações a pagar referentes a acordos trabalhistas e processos cíveis em 31 de dezembro de 2021, dos quais quase R$ 42 milhões deveriam ser pagos ao longo do ano de 2022. Tais valores já são reconhecidos pelo SPFC como devidos, não havendo qualquer processo em curso para discussão, como trataremos adiante.

Não estão considerados nesses montantes os valores a pagar em relação a aquisição definitiva ou temporária de direitos federativos e econômicos de atletas profissionais (Rigoni, Orejuela, Trellez, Bruno Peres, etc.) e intermediações de negociações de atletas como Militão, Antony, Brenner, Ganso, Lucas Pratto, Cueva, entre outros. Essas informações serão tratadas em um Post futuro.

 

É importante ressaltar, contudo, que a maior parte desses valores a serem pagos em 2022, inclusive considerando intermediações e aquisição de direitos federativos e econômicos, é relacionada a jogadores que não compõem mais o elenco do São Paulo Futebol Clube. 

Isso certamente prejudica a capacidade de investimento no elenco atual e é o motivo pelo qual temos dificuldades de competir com outros clubes na contratação de atletas, o que tem levado a diretoria do clube a optar por contratos de empréstimo com direitos econômicos fixados, o que também reduz o impacto decorrente de eventuais erros de contratação.

Essa herança continuará nos assombrando por um período e, em nosso entendimento, precisa ser sanada antes que possamos realizar novos investimentos mais expressivos. Do contrário, continuaremos em um ciclo vicioso em que empurraremos a herança para a frente, sem de fato “arrumarmos a casa”.

Além desses casos, o Tricolor possui diversos processos trabalhistas e cíveis em curso que em 31 de dezembro de 2021 representavam R$ 22 milhões em casos com probabilidade de perda provável e outros R$ 90 milhões com probabilidade de perda possível (descontados, nesse último caso, processos da Prefeitura Municipal de São Paulo e Receita Federal do Brasil, de natureza tributária). Esses valores, não individualizados no Balanço, também podem representar novos valores a pagar no futuro em relação a atletas que já saíram do SPFC há muito tempo.

Em breve deve ser publicado o Balanço de 2022, em que esperamos que boa parte da dívida com esses ex-jogadores tenha sido saldada.


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Dentre os grandes, és o primeiro!

Escrito por: Filipe Lessa

Revisado por: Filipe Cunha

  


 


 

 

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