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Quanto vale financeiramente o mando de campo no mata-mata do Paulistão?

Faltando apenas uma rodada para encerrar a fase de classificação do Paulista, o São Paulo, embora já classificado, ainda briga para confirmar a 1ª colocação no grupo, empatado em pontos com o Água Santa, e a 3ª colocação geral. 

Isso poderia lhe dar a vantagem de decidir as quartas-de-final e a semifinal como mandante, considerando que as duas melhores campanhas (Palmeiras e São Bernardo) se eliminarão nas quartas-de-final. 

Nem precisamos falar das vantagens esportivas de decidir os dois jogos como mandante, ainda que fora do Morumbi, especialmente no cenário em que os clássicos são disputados com torcida única. E essa vantagem torna mais factível chegarmos à final, com os impactos financeiros decorrentes em renda da final, premiação, patrocínios, etc.

Contudo, além dos benefícios esportivos, garantir o mando de campo especialmente nas quartas-de-final também deve proporcionar relevantes ganhos financeiros. Isso porque, conforme o Regulamento do Campeonato Paulista, a renda líquida dos jogos das quartas-de-final e semifinal será dividida igualmente entre os Clubes. 

Nesse sentido, garantir o jogo contra o Água Santa como mandante pode ser a diferença entre uma renda líquida de R$ 2.128.207,60 e R$ 242.324,07, se consideradas as maiores rendas líquidas dos dois clubes na fase de grupos do Paulista. Enquanto o Tricolor possui média de renda líquida de R$ 1,150 milhão, a média do Água Santa é de pouco mais de R$ 60 mil.

Abaixo trazemos os detalhes de público e renda líquida em cada um dos jogos de São Paulo e Água Santa na fase de grupos, assim como a média:

 

Evidentemente, os jogos de quartas-de-final tendem a ter público e renda superiores aos jogos da fase de grupos, mas garantir a classificação em 1º lugar do grupo e o mando do campo do Tricolor deve proporcional público e renda substancialmente maiores a serem divididos entre os clubes, em comparação com o cenário em que o jogo tenha mando do Água Santa. Isso, em nossas estimativas, deve acarretar um benefício econômico de mais de R$ 1 milhão aos cofres do São Paulo. 

Esperamos apenas que o São Paulo não erre a mão em eventual reajuste de preços, como ocorreu nas semifinais da Copa do Brasil e Sul-Americana do ano passado.

Para a semifinal, um jogo hipotético contra o Corinthians muda de figura. Embora a média de público dos dois times seja parecida, com ligeira vantagem para o SPFC (40.520 contra 40.208), a média de renda líquida do Corinthians é superior à do São Paulo (R$ 1,6 milhão contra R$ 1,15 milhão), por conta do maior ticket médio do Corinthians e dos ingressos mais acessíveis praticados pelo Tricolor, como ressaltamos em nosso último Post (clique aqui para ler mais).

Vale ressaltar, por outro lado, que a maior renda líquida do Corinthians no campeonato é inferior a R$ 1,9 milhão, não sendo superada pela renda de R$ 2,1 milhões alcançada pelo Tricolor justamente no jogo contra o Corinthians.



Desse modo, além dos ganhos esportivos de decidirmos os jogos com o apoio dos torcedores do Tricolor, especialmente nas quartas-de-final, o mando de campo do SPFC tende a ser positivo aos cofres do clube, com uma renda de bilheteria a ser dividida superior ao que deve ser obtido em eventual mando do Água Santa.

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Dentre os grandes, és o primeiro!

Escrito por: Filipe Lessa

Revisado por: Filipe Cunha

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