O emblemático estádio do Morumbi, palco de diversas decisões e títulos importantes para o São Paulo também costumava abrigar os maiores e mais icônicos shows da cidade de São Paulo, desde o início dos anos 80.
A banda Queen tocou para mais de 90.000 espectadores em cada um dos dois shows que realizou em março de 1981. O maior público de um show no Morumbi foi em 1983, quando 150.000 espectadores presenciaram o show dos Menudo. Nos anos 90, passaram pelo Morumbi grandes artistas como: Bob Dylan, Bon Jovi, Red Hot Chili Peppers, Michael Jackson, Madonna, U2 e Aerosmith, que tocaram para uma média de 80.000 espectadores.
Após um hiato de quase 8 anos com pouquíssimos shows no estádio (de 1998 a 2006), o Morumbi passou pelo seu período de maior utilização, sendo referência na realização de MEGA SHOWS na cidade de São Paulo, como U2, Madonna, Coldplay, Black Eyed Peas, Paul McCartney, Beyoncé, Shakira, dentre outros. Isso durou até o surgimento das novas arenas esportivas em 2014/15, principalmente o Allianz Parque, e com a falta de modernização do estádio do São Paulo.
Apesar de ter sediado grandes espetáculos nos últimos anos como: Rolling Stones em 2016, U2 e Bruno Mars em 2017, Iron Maden 2019 e 2022 e Metallica 2022, o Morumbi não é nem sombra do que já foi nas décadas anteriores. Péssima logística para acesso, estacionamento limitado, horário de transportes públicos nas imediações, qualidade da acústica e falta de cobertura do estádio são algumas das desvantagens do local que acabam pesando na escolha do espaço pela organização para realização dos eventos musicais.
E isso tem afetado em cheio os cofres do São Paulo, que desde 2018 não é superavitário quando o assunto é seu estádio. Abaixo, apresentamos o comparativo de quanto o Morumbi gerou de receita para o clube e quanto foi a despesa do estádio ao longo desses últimos anos. Além de verificarmos uma queda na receita, podemos ver que o percentual obtido por aluguéis tem sido cada vez menor.
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| Imagem: Finanças Tricolor |
Dessa forma, a equipe do Finanças Tricolor acha que os seis shows realizados pela banda Coldplay, no início desse ano, que a princípio seriam realizados em outubro de 2022 no Allianz Parque, poderiam ser a virada de chave e a oportunidade que o clube precisava para mostrar ao cenário musical dos grandes eventos que o estádio do Morumbi, além de ter uma capacidade de público bem superior às arenas, pode sim resolver a questão da acústica e da logística de acesso. É inegável que o staff da banda inglesa não iria economizar em material para proporcionar um show de qualidade em efeitos áudio e visual, e foi isso que eles entregaram nestes shows realizados durante essa mini turnê paulistana.
Se o São Paulo vai aproveitar esse know-how para fazer desse um case de sucesso e abrir as portas para o mundo dos eventos musicas POP novamente, não sabemos. Mas que o clube deveria ter uma empresa de divulgação e consultoria nessa parte para atrair esse ramo que tanto fatura mundo a fora, não temos dúvida. Outro ponto que o clube precisará trabalhar é a questão do gramado, pois o Allianz resolveu colocando gramado sintético que sofre menos com a montagem da estrutura de palco e pista. Porém, não achamos que essa seja uma solução viável para o clube, que tanto tem sofrido com lesões nesse tipo de gramado.
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Dentre os grandes, és o primeiro!
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