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Mostrando postagens de março, 2023

Fornecimento de material esportivo – uma pedra no sapato do São Paulo

  A Adidas lançou no começo desse mês a nova camisa 1 que vestirá o São Paulo durante a temporada de 2023/24. Como de costume, seguindo as tradições e o estatuto do clube, poucas mudanças foram feitas. Porém, a mais emblemática foi o retorno das listras vermelha e preta abraçando as costas por completo, item que não víamos há muitos anos e que traz uma harmonia inigualável para a parte posterior do uniforme, dando um fechamento para o material quando vendido sem a numeração dos atletas.   Nesta última semana, fizemos uma live em nosso perfil do Instagram com o especialista no assunto, Glauco Diógenes, designer com canal no YouTube chamado É QUARTA-FEIRA , onde analisamos a nova camisa do Tricolor. Não deixe de conferir em nosso perfil.   O contrato do São Paulo com a fornecedora de material esportivo, capitaneado pelo Raí, então diretor de futebol do clube, está em seu último ano de vigência, e encerra-se em dezembro. A parceria foi marcada por altos e baixos, mas atualmente está bem

Elenco de aposentados ainda tem milhões a receber do São Paulo

  “O São Paulo já está na pedra:" Bosco; Joílson, Alex Silva, Ed carlos, Juan; Richarlyson, Carlinhos Paraíba, Arouca e Lenílson; Tardelli e Borges. No Banco: Xandão, Roger Carvalho, Renato Silva, Junior César, Zé Luis, Hugo, Eder Luis, entre outros.  Esse time nunca esteve em campo, mas todos os jogadores acima estão juntos na Nota Explicativa nº 18 do Balanço de 2021 (Acordos Trabalhistas e Cíveis). São todos jogadores que saíram do SPFC há mais de 10 anos, mas que em 31/12/2021 ainda possuíam, somados, mais de R$ 17 milhões a receber do Tricolor. Em parênteses, podemos ver o período em que tais atletas jogaram no São Paulo: Bosco (2005-2011), Joílson (2008-2009), Alex Silva (2006-2008 e 2010-2011), Edcarlos (2003-2007), Juan (2011-2013), Richarlyson (2005-2010), Carlinhos Paraíba (2010-2012), Arouca (2009-2010), Lenílson (2006-2007), Tardelli (2003-2007), Borges (2007-2009), Xandão (2010-2011), Roger Carvalho (2013), Renato Silva (2009-2010), Junior César (2009-2011), Zé Luis

Afinal, a dívida do São Paulo está caindo ou continua aumentando? Uma análise do endividamento bancário.

Imagine que você vai realizar a compra de uma geladeira de R$1.000,00 reais e tenha exatamente essa quantia em sua conta corrente. A loja em que você está comprando a geladeira te dá duas opções para quitar o débito: realizar o pagamento à vista ou em 24 parcelas.  Caso opte pela primeira opção, você utilizará todos os seus recursos e não terá mais dinheiro para honrar com outros compromissos, como a conta de luz. Por outro lado, se escolher a segunda alternativa, você estará alongando sua dívida, fazendo com que uma dívida imediata se transforme em uma dívida que pode ser paga em mais prestações e permitindo que gaste o dinheiro disponível em sua conta corrente com outras coisas, como a conta de luz. Agora, vamos trazer esse exemplo para o mundo futebolístico. Imagine que você tenha uma dívida imediata de R$22,5 milhões pela aquisição de um atleta chamado Tchê-Tchê, com possibilidade de sanções esportivas, e hipoteticamente tenha esses mesmos R$22,5 milhões em sua conta.  Na primeira

Shows do Coldplay – uma virada de chave para o Morumbi?

O emblemático estádio do Morumbi, palco de diversas decisões e títulos importantes para o São Paulo também costumava abrigar os maiores e mais icônicos shows da cidade de São Paulo, desde o início dos anos 80.   A banda Queen tocou para mais de 90.000 espectadores em cada um dos dois shows que realizou em março de 1981. O maior público de um show no Morumbi foi em 1983, quando 150.000 espectadores presenciaram o show dos Menudo. Nos anos 90, passaram pelo Morumbi grandes artistas como: Bob Dylan, Bon Jovi, Red Hot Chili Peppers, Michael Jackson, Madonna, U2 e Aerosmith, que tocaram para uma média de 80.000 espectadores.   Após um hiato de quase 8 anos com pouquíssimos shows no estádio (de 1998 a 2006), o Morumbi passou pelo seu período de maior utilização, sendo referência na realização de MEGA SHOWS na cidade de São Paulo, como U2, Madonna, Coldplay, Black Eyed Peas, Paul McCartney, Beyoncé, Shakira, dentre outros. Isso durou até o surgimento das novas arenas esportivas em 2014/15, pr

Metas esportivas e metas financeiras: como fica o São Paulo com a eliminação do Paulistão

  Um clube grande como o São Paulo  sempre  deve ter  metas esportivas  ousadas, como chegar às finais do Paulista e da Sulamericana, ficar no G6 do Brasileirão e nas quartas-de-final da Copa do Brasil. Menos que isso como  objetivo  não condiz com a grandeza do clube que, pela sua história, na verdade deveria ter metas ainda mais ousadas.  O problema está quando, considerando o estado atual do time, esses objetivos esportivos se transformam em expectativas de receitas dentro do orçamento para o Tricolor. Pior ainda, quando tais receitas são colocadas como  necessárias ou imprescindíveis  para alcançar o tão almejado equilíbrio financeiro.  O orçamento do SPFC para o ano de 2023 não foi divulgado (cadê a transparência prometida, Casares?). Desse modo, não está claro para nós se o orçamento do clube para o ano considerou as receitas que seriam provenientes do atingimento dessas metas esportivas, embora pareça que sim se olharmos o Relatório da Diretoria Financeira de Outubro/2022 e os r

Estádio cheio, time decepcionante? No mata-mata é diferente!

Nos últimos tempos, a torcida do São Paulo vem se superando, com públicos cada vez melhores no Morumbi. Por outro lado, existe uma sensação de que o time não corresponde em campo em muitos dos jogos com estádio lotado. A última amostra disso se deu no último sábado, em que mais de 50 mil pessoas compareceram para ver a derrota do Tricolor para o São Bernardo.  Fizemos um levantamento completo dos jogos do SPFC em casa desde a volta do público aos estádios depois da pandemia e os dados demonstram, por um lado, que essa sensação é verdadeira, mas por outro que essa tônica não acontece em jogos eliminatórios, o que traz um alento para as fases finais do Paulistão.  Desde a volta do público aos estádios (em 2021), o São Paulo fez 53 jogos em casa, dos quais 30 (56,6%) tiveram um público superior a 30 mil torcedores.  Em 18 partidas (34%), mais de 40 mil pessoas compareceram ao Morumbi.  E o aproveitamento de pontos do Tricolor varia muito conforme o tipo de partida, ou seja, quando os jogo

São Paulo dobra patrocínios, mas ainda arrecada 33% do Corinthians, 20% do Flamengo e 16% do Palmeiras em 2021

  O São Paulo apresentou um considerável aumento de receita de patrocínios no início da gestão Casares. Em 2020, o clube havia faturado míseros R$16,1 milhões, montante que representou pouco mais de 4% do total das receitas obtidas pelo clube naquele ano. Em 2021, primeiro ano do novo presidente (ex-diretor de Marketing do SPFC), o clube faturou R$33 milhões, aumento de 100%, mas ainda representando apenas 7,1% do total das receitas do ano.   Apesar do aumento, o valor ainda é muito baixo se compararmos com seus pares: Palmeiras faturou R$175milhões (19% de sua receita total)*; Corinthians faturou R$126 milhões (30% da sua receita total); e o Flamengo faturou R$160 milhões (16% de sua receita total). Principalmente, perto do potencial que o São Paulo apresenta: clube que detém a 3ª maior torcida do país, de grande reconhecimento sul-americano e com grandes conquistas internacionais.  Existem diversos estudos europeus na área de gestão de clubes de futebol que afirmam que, a grosso modo

Quanto vale financeiramente o mando de campo no mata-mata do Paulistão?

Faltando apenas uma rodada para encerrar a fase de classificação do Paulista, o São Paulo, embora já classificado, ainda briga para confirmar a 1ª colocação no grupo, empatado em pontos com o Água Santa, e a 3ª colocação geral.   Isso poderia lhe dar a vantagem de decidir as quartas-de-final e a semifinal como mandante, considerando que as duas melhores campanhas (Palmeiras e São Bernardo) se eliminarão nas quartas-de-final.  Nem precisamos falar das vantagens esportivas de decidir os dois jogos como mandante, ainda que fora do Morumbi, especialmente no cenário em que os clássicos são disputados com torcida única. E essa vantagem torna mais factível chegarmos à final, com os impactos financeiros decorrentes em renda da final, premiação, patrocínios, etc. Contudo, além dos benefícios esportivos, garantir o mando de campo especialmente nas quartas-de-final também deve proporcionar relevantes ganhos financeiros. Isso porque, conforme o Regulamento do Campeonato Paulista, a renda líquida d